sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Montanhas e carências

Tem coisas que foram ditas antes

E hoje já não da pra entender

As pessoas são carentes e pronto

Andando só ou não

Captando mágoas sem leis em selvas

Antes tudo era motivo pra acreditar em soluções óbvias

Mais o vento tem seu poder de atropelar sonhos

E não há tempo pra ensaiar fingimentos

Não há tempo para supostas defesas

Ainda parece cedo pra morte vir... Mais a direção é uma só

Montanhas, montanhas, montanhas.

Então não me fale de estratégias de subidas

Não há nada aqui que me faça ver partes capazes

Então não me conte que um beijo motivar-me-ia a ultrapassar montanhas

Minhas mãos secaram o sangue

E as nuvens negras são pra dar clima de velório

Carência não é um sentimento de fracos

Nem um sopro de solidão rotineira

São apenas amantes do amor acreditando na vida

São dependentes de companhia... De proteção

E o que foi dito antes se perde no esquecimento das pessoas

Ou no fingimento do esquecimento

Hellinho Ferreira

Um comentário:

  1. Olá, vim retribrui a visitinha em meu recanto.
    Obrigada pelo apoio, viu?
    Eu também adorei este poema.
    Eis que todos precisamos acreditar em algo... Todos precisamos da proteção de alguém... Todos vivemos para amar.

    Siga sempre bem!

    Srtª Bêêh

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